sábado, 24 de julho de 2010

O pré-concerto da revolta coletiva

Por estar preso ao abraço de tudo que nos fizeram acreditar,
De que o amor não pode ser fugaz,
De que na vida não se olha pra trás
De que sonho só se compra sem inventar,sem ter que sonhar.

Gritemos!

Há, andando pelo asfalto , mais corações do que um governo,
E tantas idéias enlatadas, E tantas esperanças cínicas atordoadas!
E tanto ócio nas palavras não ou mal inventadas.
E prisões,e canções decoradas e palavras rimadas.

Juramentos e programas e rotinas e panoramas e muita vida,
E polícia e milícia e bares e bebida
Tantas as quantas drogas e religião, festas e escolas
E jogos e empregos e esmolas
E julgamento e compromisso e despedício
E dinheiro e diários e desculpa e muita culpa

É dificil digerir todo esse peso que implode!
Se explode não nos sacode,como pode?
E quando se perceber que estar preso naõ é estar seguro?
Que olhos vendados só enxergam o escuro?

Tá tudo parado.

E não chorar,e não viver E não vibrar.
Perceber que a rua tá livre pra tomar!
Com certo jeito,sem conceito faz-se um concerto!
Seriam novas buscas ativas?Seria possível a revolta coletiva?

É tão lindo sentir o peito bater por você e pela paisagem,
Um corpo só e a vista livre e embaçada,
Esmiuçando a lágrima da alegria.
Concomitância , militância pra fusão!
O corpo é festa!
Âmago da ação!
Não!
Para toda afirmação precede-se a exitência da negação.
A vida tem que voar junto à individual interpretação!

Sós?
Em meio a livre arte , seria possível a revolta coletiva?
Para gozar no caos,o cimento perder...
Para romper com o que está entrelaçado em nós.

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